eleições 2020

Convenções em meio à pandemia e disputa virtual

Na próxima segunda-feira, a primeira data, que demarca o calendário eleitoral 2020, terá início: a realização das convenções partidárias. Com a alteração do calendário, em decorrência da pandemia do novo coronavírus, acabou-se postergando o começo das convenções que irão definir os nomes daqueles que estarão na disputa municipal deste ano ao Legislativo e ao Executivo.

Leia mais colunas de Marcelo Martins

Porém, as convenções partidárias, como em anos anteriores, estávamos acostumados a ver, não serão mais as mesmas. Se os eleitores ansiavam por um novo jeito de fazer política, ela, enfim, surge.  

Ainda que não seja bem como muitos pensam, o pleito de 2020 irá inaugurar uma nova formatação de realizar campanha. Ao invés de palanques, comícios, praças lotadas e salões "arrecadatórios" com a presença de candidatos e de medalhões da política, serão protagonistas as chamadas lives, transmissões virtuais e postagens em redes sociais.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, ainda na sexta-feira, que para a disputa deste ano estão proibidos os chamados comícios virtuais com apresentações musicais - os "livemícios". Os ministros do TSE entenderam que a proibição dos "showmícios", já prevista em legislação, também se aplica àqueles eventos transmitidos pela internet.  

TERMÔMETRO
O Diário conversou com presidentes de partidos que irão disputar o pleito em 15 de novembro. Todos, inegavelmente, adotam um tom de certa melancolia ao falar de como serão as convenções das siglas.  

Um dos presidentes de uma sigla, que já está com candidato definido à prefeitura de Santa Maria, afirma que "a vontade é de fazer um ato presencial observando todas os protocolos necessários", mas, segundo ele, "o problema é a 'aceitação' e as críticas do eleitorado e a maldade dos adversários".

- A gente pensou e segue avaliando a possibilidade de termos um ato presencial. Vimos alguns espaços. Tudo seria, é claro, dentro dos protocolos preconizados. Só que imagina a situação se a gente resolve fazer, né? E, aí, o cara, que poderia votar no nosso candidato pode entender que estamos desrespeitando as regras. Complicado. Nossos apoiadores também ficam divididos. Parece que quem fizer algo presencial estará cometendo quase um crime. E quem fizer tudo, de forma virtual, estará certo. É difícil. Vamos usar o prazo de até 16 de setembro para decidir - desabafa o presidente de um partido, que preferiu não se identificar.

Um pré-candidato, que deve estar em voo solo na disputa à prefeitura, afirmou à reportagem que "não se descarta uma convenção por meio de drive-in". Outro integrante de uma frente que concorrerá ao Executivo santa-mariense, avalia que uma saída seria a adoção de "uma convenção híbrida". Ou seja, digital e presencial.

- Estamos analisando tudo. Temos pensado em fazer meio a meio. Um grupo vai até o local, e, outro, acompanha online. Para quem for presencialmente, vamos distribuir álcool em gel e todos terão de estar de máscaras. Além do espaçamento das cadeiras e mesas - projeta o experiente partidário.

REALIDADE LOCAL
Ainda no pleito passado, em 2016, Santa Maria atingiu, pela primeira vez, a marca de mais de 200 mil eleitores - o que permitiu o município a entrar na lista daquelas cidades habilitadas a ter disputa em dois turnos.

Agora, com uma sinalização de, ao menos, seis pré-candidaturas, os dirigentes partidários admitem e creem que a disputa ocorra no dia 29 de novembro, data da decisão do segundo turno da eleição.


Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

O ganho inegável que a Escola de Sargentos trará à sociedade Anterior

O ganho inegável que a Escola de Sargentos trará à sociedade

Fabiano Pereira da Frente Trabalhista aposta em gestão para mudar Santa Maria Próximo

Fabiano Pereira da Frente Trabalhista aposta em gestão para mudar Santa Maria

Marcelo Martins